sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Diário semanal
Olá amigos, voltei.
Já faz algum tempo que não posto nenhum depoimento, fim de semestre é sempre assim. Finalmente fiquei de férias da faculdade, agora é só alegria.
Minha rotina está mais tranquila, pensando em Natal e festas.
Bom fim de semana.
Momento pensar - Sem poesia
Poesia de LUIZ CARLOS MARIA JUNIOR, publicada no livro
Nordeste Contando e Cantando
Sem poesia
Sem poesia,
Todo brilho é fosco
Todo quadro é tosco
Todo ditador deposto
Todo caminho oposto
Sem poesia,
Todo céu é findo
Nem o mar é lindo
Segunda não vira domingo
Não vejo estrelas caindo
Sem poesia,
A vida é sem graça
Não há namoro na praça
Meu time não leva a taça
Não há o que me refaça
Sem poesia,
Não há ouro na mina
Sofrer é só uma sina
A seda já não é mais fina
E não haveria essa rima
Nordeste Contando e Cantando
Sem poesia
Sem poesia,
Todo brilho é fosco
Todo quadro é tosco
Todo ditador deposto
Todo caminho oposto
Sem poesia,
Todo céu é findo
Nem o mar é lindo
Segunda não vira domingo
Não vejo estrelas caindo
Sem poesia,
A vida é sem graça
Não há namoro na praça
Meu time não leva a taça
Não há o que me refaça
Sem poesia,
Não há ouro na mina
Sofrer é só uma sina
A seda já não é mais fina
E não haveria essa rima
Conhecer é poder - No meio do caminho tem um poeta
No meio do caminho tem um poeta
Aproveite o centenário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade para valorizar a linguagem da poesia
Roberta Bencini (Roberta Bencini)
E agora, José? E agora, professor? Neste ano, comemora-se o centenário de nascimento de um dos poetas brasileiros mais famosos. O que você vai preparar para que sua turma aprenda a valorizar os textos literários e a reconhecer a qualidade de uma poesia?
Em sala de aula, lembrar Carlos Drummond de Andrade só terá sentido pedagógico se for para continuar o trabalho de formar leitores competentes. Faz parte desse processo ensinar a compreender o que está escrito nas entrelinhas de uma composição subjetiva e a utilizar a linguagem para expressar experiências, idéias e sentimentos. E isso pode ser feito independentemente de datas comemorativas com a obra de qualquer poeta, como Castro Alves, Mario Quintana, Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Vinícius de Moraes, Adélia Prado, Cecília Meirelles, Arnaldo Antunes e Gonçalves Dias, que aparecem nas fotos ao lado.
As sugestões que você lerá a seguir foram elaboradas para turmas a partir da 5ª série por Heloisa Cerri Ramos, consultora pedagógica de NOVA ESCOLA, e por professoras do Instituto Educacional Stagium, escola particular de Diadema, na Grande São Paulo, que desde o ano passado preparam um projeto de poesia.
Estratégia de pesquisa
Metáfora
A metáfora serve para criar imagens que representem idéias não-objetivas. No dicionário, a Lua é o satélite natural da Terra, mas na cabeça do poeta, ela é mais. Para Caetano Veloso, em Lua de São Jorge, ela é "...soberana/ Nobre porcelana/ Sobre a seda azul." E para seus alunos, o que é a Lua?
Para começar, procure destruir preconceitos. Poesia não é só sentimento, coisa melosa e piegas, como muitos alunos pensam. "Poesia é transgressão, é a subversão da língua. Ela pode fugir às normas estabelecidas conforme o efeito que se quer criar", explica Heloisa. Há argumento melhor para "seduzir" crianças e adolescentes?
Mostre a diferença entre um texto em prosa e outro em versos. Peça que os alunos apresentem as provas que incriminem os subversivos poetas, como a ausência de pontuação e a repetição de palavras e sílabas com o mesmo som e personificação.
O passo seguinte é "puxar a ficha", descobrir quem são esses artistas. Pedir uma pesquisa sobre a biografia, pura e simplesmente, é esperar como resposta a cópia de um livro ou de um site, afronta à inteligência de professores e alunos. Ensine a turma a selecionar, interpretar, organizar e relacionar dados e informações, importantes competências que devem ser exploradas em todas as disciplinas. Heloisa prioriza algumas habilidades nesse ponto: socialização das experiências de leitura, argumentação, busca de informações e consulta a diferentes tipos de fontes, misturando Língua Portuguesa e História (leia o quadro abaixo). "Faça o aluno perceber que um artista é a voz de seu tempo, que suas palavras servem de reflexão e crítica de uma época", sugere. Para ilustrar, inicie a aula com músicas de Renato Russo, da banda carioca O Rappa, de Cazuza ou do pernambucano Chico Science, conhecidos pelas letras com críticas sociais. E Drummond, será que ele também era uma voz de seu tempo? Lance a pergunta e selecione cinco datas marcantes na vida do poeta. Disponha-as em uma linha do tempo e peça que os alunos apontem fatos políticos e sociais importantes.
A seguir, peça que a turma interprete os dados e exponha o que entendeu. Promova uma discussão em roda para que os estudantes incorporem os artistas dessas décadas. Qual seria o assunto numa mesa de bar? O que os incomodava? Quais eram suas aflições e desassossegos? A pesquisa deve continuar com a seleção de poemas de Drummond que ilustrem essas fases históricas. Como o trecho de Nosso Tempo, escrito durante a II Guerra Mundial: "Este é tempo de partido,/ tempo de homens partidos."
No Instituto Stagium, o universo do poeta foi descoberto nas aulas de Informática. Além dos livros, os alunos garimparam e socializaram as melhores fontes de pesquisa na internet. "Há bastante material disponível, por isso é preciso coordenar o trabalho com um objetivo bem claro", conta a professora de Língua Portuguesa Maria Elisabeth Naves de Oliveira. A estratégia, nesse caso, foi encontrar trechos de poemas que revelassem como foi a infância do artista, quem era sua família e qual era sua posição social. Depois, construíram um mosaico literário com versos de vários textos que, encadeados com sentido, tornaram-se novas composições.
Dizer o incontível
Depois da biografia, para complementar o trabalho promova o estudo da língua. Mostre aos alunos que, à primeira vista, pode parecer simples "brincar" com as palavras. Quem nunca rimou dor com amor, por exemplo? Mas isso é só o começo: "Poesia é muito mais que versos e rimas", diz Heloisa. Se para tocar uma música é preciso dominar os recursos de um instrumento, para fazer boa poesia é preciso saber utilizar os recursos da língua. A arte consiste em combinar todas as possibilidades, extrapolar o significado exato das palavras e abusar dos apelos sonoros e visuais. "É preciso entrar no mundo da subjetividade. Nada é claro ou explícito. Caso contrário, o autor mandaria sua mensagem por meio de um texto jornalístico, de uma crônica ou carta", explica a consultora.
Uma aula sobre linguagem figurada pode começar pela análise da música Metáfora, de Gilberto Gil. Veja esse trecho: "Uma Lata existe para conter algo/ Mas quando o poeta diz "Lata"/ Pode estar querendo dizer o incontível". Pergunte a cada criança ou adolescente o que é uma montanha, além de uma grande elevação de terra; uma nuvem, além de partículas de pó, fumaça e gases; a Lua, além de satélite natural da Terra (veja o quadro abaixo). Abuse dos exemplos, explore a sensibilidade e a imaginação e peça que os alunos encontrem poemas de diversos autores em que as palavras tenham um significado diferente do apontado no dicionário ou nos livros científicos.
Para ensinar a apreciar poemas
• Não limite o estudo da poesia a rimas, versos e estrofes
• Para dar exemplos em aula, pesquise poemas que se destaquem pela sonoridade e pelas imagens
• Explore figuras de linguagem que dão efeito sonoro, como aliteração e assonância
• Leia textos para a classe em voz alta e releia sempre que ficar uma sensação de estranhamento
• Explore o sentido conotativo das palavras
• Compare textos poéticos com científicos
• Mostre a desobediência às normas da língua
• Não apresente a poesia apenas como expressão de coisas belas, amorosas e piegas, pois os meninos dificilmente se sensibilizarão
• Poesia não é fruto de trabalho espontâneo nem forma de desabafo. Mostre o árduo e consciente trabalho do poeta com as palavras
Se na poesia as palavras podem ter cheiro, cor, gosto e forma, não esqueça de mostrar os recursos sinestésicos da língua e exemplifique com trechos de poemas, como esse do mato-grossense Manoel de Barros: "Ao fazer vadiagem com letras/ Posso ver quanto é branco o silêncio do orvalho". Com a ajuda da turma, escolha palavras que sugiram gosto doce e amargo e fragrâncias agradáveis e ruins. Peça a construção de versos com elas.
Com as turmas de 7ª e 8ª séries, a professora Maria Elisabeth "pegou pesado" na análise estilística e crítica de textos de Drummond. O poema Caso do Vestido, em que uma mãe relata às filhas o adultério do marido, foi o mais apreciado pelos alunos. "A narrativa é maravilhosa. Aproveitei para pedir a análise psicológica dos personagens e uma discussão sobre o tema, que rendeu debates acaloradíssimos sobre a situação da mulher na sociedade de hoje".
Como se vê, não faltam opções criativas para trabalhar poesia em sala de aula. Cada figura de linguagem merece uma estratégia. Fique de olho nas reportagens de jornais e revistas que serão publicadas sobre os 100 anos de Drummond, pesquise e elabore um bom projeto para que sua turma remova, de vez, as pedras do meio do caminho da poesia.
Artigo disponível nos site da Revista Nova Escola
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/meio-caminho-tem-poeta-423522.shtml
Aproveite o centenário de nascimento de Carlos Drummond de Andrade para valorizar a linguagem da poesia
Roberta Bencini (Roberta Bencini)
E agora, José? E agora, professor? Neste ano, comemora-se o centenário de nascimento de um dos poetas brasileiros mais famosos. O que você vai preparar para que sua turma aprenda a valorizar os textos literários e a reconhecer a qualidade de uma poesia?
Em sala de aula, lembrar Carlos Drummond de Andrade só terá sentido pedagógico se for para continuar o trabalho de formar leitores competentes. Faz parte desse processo ensinar a compreender o que está escrito nas entrelinhas de uma composição subjetiva e a utilizar a linguagem para expressar experiências, idéias e sentimentos. E isso pode ser feito independentemente de datas comemorativas com a obra de qualquer poeta, como Castro Alves, Mario Quintana, Paulo Leminski, Ferreira Gullar, Vinícius de Moraes, Adélia Prado, Cecília Meirelles, Arnaldo Antunes e Gonçalves Dias, que aparecem nas fotos ao lado.
As sugestões que você lerá a seguir foram elaboradas para turmas a partir da 5ª série por Heloisa Cerri Ramos, consultora pedagógica de NOVA ESCOLA, e por professoras do Instituto Educacional Stagium, escola particular de Diadema, na Grande São Paulo, que desde o ano passado preparam um projeto de poesia.
Estratégia de pesquisa
Metáfora
A metáfora serve para criar imagens que representem idéias não-objetivas. No dicionário, a Lua é o satélite natural da Terra, mas na cabeça do poeta, ela é mais. Para Caetano Veloso, em Lua de São Jorge, ela é "...soberana/ Nobre porcelana/ Sobre a seda azul." E para seus alunos, o que é a Lua?
Para começar, procure destruir preconceitos. Poesia não é só sentimento, coisa melosa e piegas, como muitos alunos pensam. "Poesia é transgressão, é a subversão da língua. Ela pode fugir às normas estabelecidas conforme o efeito que se quer criar", explica Heloisa. Há argumento melhor para "seduzir" crianças e adolescentes?
Mostre a diferença entre um texto em prosa e outro em versos. Peça que os alunos apresentem as provas que incriminem os subversivos poetas, como a ausência de pontuação e a repetição de palavras e sílabas com o mesmo som e personificação.
O passo seguinte é "puxar a ficha", descobrir quem são esses artistas. Pedir uma pesquisa sobre a biografia, pura e simplesmente, é esperar como resposta a cópia de um livro ou de um site, afronta à inteligência de professores e alunos. Ensine a turma a selecionar, interpretar, organizar e relacionar dados e informações, importantes competências que devem ser exploradas em todas as disciplinas. Heloisa prioriza algumas habilidades nesse ponto: socialização das experiências de leitura, argumentação, busca de informações e consulta a diferentes tipos de fontes, misturando Língua Portuguesa e História (leia o quadro abaixo). "Faça o aluno perceber que um artista é a voz de seu tempo, que suas palavras servem de reflexão e crítica de uma época", sugere. Para ilustrar, inicie a aula com músicas de Renato Russo, da banda carioca O Rappa, de Cazuza ou do pernambucano Chico Science, conhecidos pelas letras com críticas sociais. E Drummond, será que ele também era uma voz de seu tempo? Lance a pergunta e selecione cinco datas marcantes na vida do poeta. Disponha-as em uma linha do tempo e peça que os alunos apontem fatos políticos e sociais importantes.
A seguir, peça que a turma interprete os dados e exponha o que entendeu. Promova uma discussão em roda para que os estudantes incorporem os artistas dessas décadas. Qual seria o assunto numa mesa de bar? O que os incomodava? Quais eram suas aflições e desassossegos? A pesquisa deve continuar com a seleção de poemas de Drummond que ilustrem essas fases históricas. Como o trecho de Nosso Tempo, escrito durante a II Guerra Mundial: "Este é tempo de partido,/ tempo de homens partidos."
No Instituto Stagium, o universo do poeta foi descoberto nas aulas de Informática. Além dos livros, os alunos garimparam e socializaram as melhores fontes de pesquisa na internet. "Há bastante material disponível, por isso é preciso coordenar o trabalho com um objetivo bem claro", conta a professora de Língua Portuguesa Maria Elisabeth Naves de Oliveira. A estratégia, nesse caso, foi encontrar trechos de poemas que revelassem como foi a infância do artista, quem era sua família e qual era sua posição social. Depois, construíram um mosaico literário com versos de vários textos que, encadeados com sentido, tornaram-se novas composições.
Dizer o incontível
Depois da biografia, para complementar o trabalho promova o estudo da língua. Mostre aos alunos que, à primeira vista, pode parecer simples "brincar" com as palavras. Quem nunca rimou dor com amor, por exemplo? Mas isso é só o começo: "Poesia é muito mais que versos e rimas", diz Heloisa. Se para tocar uma música é preciso dominar os recursos de um instrumento, para fazer boa poesia é preciso saber utilizar os recursos da língua. A arte consiste em combinar todas as possibilidades, extrapolar o significado exato das palavras e abusar dos apelos sonoros e visuais. "É preciso entrar no mundo da subjetividade. Nada é claro ou explícito. Caso contrário, o autor mandaria sua mensagem por meio de um texto jornalístico, de uma crônica ou carta", explica a consultora.
Uma aula sobre linguagem figurada pode começar pela análise da música Metáfora, de Gilberto Gil. Veja esse trecho: "Uma Lata existe para conter algo/ Mas quando o poeta diz "Lata"/ Pode estar querendo dizer o incontível". Pergunte a cada criança ou adolescente o que é uma montanha, além de uma grande elevação de terra; uma nuvem, além de partículas de pó, fumaça e gases; a Lua, além de satélite natural da Terra (veja o quadro abaixo). Abuse dos exemplos, explore a sensibilidade e a imaginação e peça que os alunos encontrem poemas de diversos autores em que as palavras tenham um significado diferente do apontado no dicionário ou nos livros científicos.
Para ensinar a apreciar poemas
• Não limite o estudo da poesia a rimas, versos e estrofes
• Para dar exemplos em aula, pesquise poemas que se destaquem pela sonoridade e pelas imagens
• Explore figuras de linguagem que dão efeito sonoro, como aliteração e assonância
• Leia textos para a classe em voz alta e releia sempre que ficar uma sensação de estranhamento
• Explore o sentido conotativo das palavras
• Compare textos poéticos com científicos
• Mostre a desobediência às normas da língua
• Não apresente a poesia apenas como expressão de coisas belas, amorosas e piegas, pois os meninos dificilmente se sensibilizarão
• Poesia não é fruto de trabalho espontâneo nem forma de desabafo. Mostre o árduo e consciente trabalho do poeta com as palavras
Se na poesia as palavras podem ter cheiro, cor, gosto e forma, não esqueça de mostrar os recursos sinestésicos da língua e exemplifique com trechos de poemas, como esse do mato-grossense Manoel de Barros: "Ao fazer vadiagem com letras/ Posso ver quanto é branco o silêncio do orvalho". Com a ajuda da turma, escolha palavras que sugiram gosto doce e amargo e fragrâncias agradáveis e ruins. Peça a construção de versos com elas.
Com as turmas de 7ª e 8ª séries, a professora Maria Elisabeth "pegou pesado" na análise estilística e crítica de textos de Drummond. O poema Caso do Vestido, em que uma mãe relata às filhas o adultério do marido, foi o mais apreciado pelos alunos. "A narrativa é maravilhosa. Aproveitei para pedir a análise psicológica dos personagens e uma discussão sobre o tema, que rendeu debates acaloradíssimos sobre a situação da mulher na sociedade de hoje".
Como se vê, não faltam opções criativas para trabalhar poesia em sala de aula. Cada figura de linguagem merece uma estratégia. Fique de olho nas reportagens de jornais e revistas que serão publicadas sobre os 100 anos de Drummond, pesquise e elabore um bom projeto para que sua turma remova, de vez, as pedras do meio do caminho da poesia.
Artigo disponível nos site da Revista Nova Escola
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/meio-caminho-tem-poeta-423522.shtml
Cantinho da aula - Escuta e oralização de poesias
Objetivos
- Brincar com a sonoridade das palavras.
- Ampliar o repertório literário.
- Construir maior conhecimento sobre o gênero literário (poesias).
- Recitar poesias explorando os recursos existentes na oralidade e valorizando os sentimentos que o texto quer transmitir
- Valorizar entonação de voz, fluência, ritmo e dicção como maneiras de articular e aperfeiçoar a oralidade.
- Aprender a expressar-se num grupo.
- Conhecer a prática social de um sarau (e tudo que a envolve) em que as pessoas se reúnem para apreciar e declamar poesias, além de interagir com um público ouvinte.
Conteúdos
- Escuta e producao oral.
- Leitura.
Anos: 1º e 2º anos.
Tempo estimado: Quatro meses
Material necessário:Livros variados de poesias de autores como Cecília Meireles, Cora Coralina, Elias José, Vinícius de Moraes, José Paulo Paes, Eva Furnari, Tatiana Belinky, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Sérgio Caparelli, Mário Quintana, entre outros.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores): Apoio para livros ou prancha de apoio para cadeira de rodas. Eles podem ser solicitados aos serviços de saúde, organizações e entidades ou serem confeccionados por você. Lembre-se de solicitar à família do aluno orientações gerais para uso de recursos funcionais.
Desenvolvimento
1ª etapa
Acomode os alunos em roda, escolha poesias e leia para a turma. Expresse os sentimentos que aparecem no texto durante sua leitura, como medo, espanto, alegria, tristeza, humor.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores): Organize todos os alunos sentados no chão e posicione o cadeirante junto à parede, usando apoio próprio, se necessário, para mantê-lo confortável e na mesma altura dos colegas.
2ª etapa
Sugira que pesquisem com os pais ou familiares se gostam e conhecem de cor alguma poesia. Crie um mural de poesias a partir destas contribuições e de visitas à biblioteca.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores):Posicione o mural na altura da cadeira de rodas. Oriente outros profissionais da escola a facilitar a acessibilidade em todos os aspectos do espaço físico.
3ª etapa
Faça uma lista com os títulos das poesias preferidas do grupo.
4ª etapa
Proponha ao grupo a idéia de organizar um sarau (apresentação) de poesias. Cada um deve memorizar uma poesia (empreste o livro ou o texto para que possam levar para casa e tenha auxílio de um adulto para decorar). Mesmo que não saiba ler convencionamente, a criança pode estabelecer relações entre o que é falado e o que está escrito, pois tem o texto sabido de cor.
5ª etapa
Promova situações de escrita a partir de algumas poesias. Por exemplo: completar lacunas com as palavras que estiverem faltando, recortar e ordenar versos para formar a poesia, ou, ao contrário, palavras para formar o verso, escrita espontânea de títulos e exploração de rimas (terminação igual das palavras). Os textos memorizados retiram a dificuldade de saber o que escrever fazendo com que as crianças ainda em fase de alfabetização inicial possam pensar somente no como escrever. A tarefa é facilitada, no caso das poesias, pelas rimas e repetições das palavras. Você poderá também promover jogos de leitura relacionando o título da poesia com algum verso, ou o título com o nome do autor, ou alguma ilustração relacionada ao título, sempre a partir de poesias já memorizadas pela garotada.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores):Adeque as atividades gráficas usando recursos próprios, como um teclado de computador adptado. Também é possível substituir o papel por materiais mais grossos para facilitar o manuseio.
6ª etapa
Promova a produção de um folder para ser distribuído no dia do sarau. Você poderá propor a escrita das poesias em duplas. Neste caso, as crianças com hipóteses mais avançadas podem ser as responsáveis pela escrita e as demais responsáveis por ditar o texto a ser escrito. É importante prever situações de revisão da escrita (para que as crianças possam avançar em suas produções) e porque o folder precisará estar com a escrita convencional uma vez que será distribuído ao público.
7ª etapa
Grave ou filme as declamações em sala e promova tematizações.
8ª etapa
Apresente a gravação. As crianças devem fazem uma autoavaliação quanto à entonação e expressão de voz, à fluência, ao ritmo e à dicção, além de buscar estratégias para aperfeiçoar a apresentação.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores):Quando o aluno tiver alteração na motricidade oral e sua expressão não atender a esses quesitos, incentive a participação dele com expressões corporais ou então reduza o tamanho do texto, propondo um verso em coro ou algumas palavras de uma estrofe em evidência,numa parceria com colegas ou com você.
Produto final: Sarau de poesias com a participação dos alunos, professores, pais e familiares (que façam a inscrição com antecedência) e folder que contenha as poesias escritas.
Avaliação:Ao final do projeto espera-se que as crianças sejam capazes de reconhecer características do texto poético (divisão em versos e estrofes e rimas, por exemplo), se expressarem e se apresentarem em público, de maneira eficaz e adequada, transmitindo sentimento da poesia apresentada.
Plano de aula disponível no site da revista Nova Escola
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/poesia-426202.shtml
- Brincar com a sonoridade das palavras.
- Ampliar o repertório literário.
- Construir maior conhecimento sobre o gênero literário (poesias).
- Recitar poesias explorando os recursos existentes na oralidade e valorizando os sentimentos que o texto quer transmitir
- Valorizar entonação de voz, fluência, ritmo e dicção como maneiras de articular e aperfeiçoar a oralidade.
- Aprender a expressar-se num grupo.
- Conhecer a prática social de um sarau (e tudo que a envolve) em que as pessoas se reúnem para apreciar e declamar poesias, além de interagir com um público ouvinte.
Conteúdos
- Escuta e producao oral.
- Leitura.
Anos: 1º e 2º anos.
Tempo estimado: Quatro meses
Material necessário:Livros variados de poesias de autores como Cecília Meireles, Cora Coralina, Elias José, Vinícius de Moraes, José Paulo Paes, Eva Furnari, Tatiana Belinky, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Sérgio Caparelli, Mário Quintana, entre outros.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores): Apoio para livros ou prancha de apoio para cadeira de rodas. Eles podem ser solicitados aos serviços de saúde, organizações e entidades ou serem confeccionados por você. Lembre-se de solicitar à família do aluno orientações gerais para uso de recursos funcionais.
Desenvolvimento
1ª etapa
Acomode os alunos em roda, escolha poesias e leia para a turma. Expresse os sentimentos que aparecem no texto durante sua leitura, como medo, espanto, alegria, tristeza, humor.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores): Organize todos os alunos sentados no chão e posicione o cadeirante junto à parede, usando apoio próprio, se necessário, para mantê-lo confortável e na mesma altura dos colegas.
2ª etapa
Sugira que pesquisem com os pais ou familiares se gostam e conhecem de cor alguma poesia. Crie um mural de poesias a partir destas contribuições e de visitas à biblioteca.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores):Posicione o mural na altura da cadeira de rodas. Oriente outros profissionais da escola a facilitar a acessibilidade em todos os aspectos do espaço físico.
3ª etapa
Faça uma lista com os títulos das poesias preferidas do grupo.
4ª etapa
Proponha ao grupo a idéia de organizar um sarau (apresentação) de poesias. Cada um deve memorizar uma poesia (empreste o livro ou o texto para que possam levar para casa e tenha auxílio de um adulto para decorar). Mesmo que não saiba ler convencionamente, a criança pode estabelecer relações entre o que é falado e o que está escrito, pois tem o texto sabido de cor.
5ª etapa
Promova situações de escrita a partir de algumas poesias. Por exemplo: completar lacunas com as palavras que estiverem faltando, recortar e ordenar versos para formar a poesia, ou, ao contrário, palavras para formar o verso, escrita espontânea de títulos e exploração de rimas (terminação igual das palavras). Os textos memorizados retiram a dificuldade de saber o que escrever fazendo com que as crianças ainda em fase de alfabetização inicial possam pensar somente no como escrever. A tarefa é facilitada, no caso das poesias, pelas rimas e repetições das palavras. Você poderá também promover jogos de leitura relacionando o título da poesia com algum verso, ou o título com o nome do autor, ou alguma ilustração relacionada ao título, sempre a partir de poesias já memorizadas pela garotada.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores):Adeque as atividades gráficas usando recursos próprios, como um teclado de computador adptado. Também é possível substituir o papel por materiais mais grossos para facilitar o manuseio.
6ª etapa
Promova a produção de um folder para ser distribuído no dia do sarau. Você poderá propor a escrita das poesias em duplas. Neste caso, as crianças com hipóteses mais avançadas podem ser as responsáveis pela escrita e as demais responsáveis por ditar o texto a ser escrito. É importante prever situações de revisão da escrita (para que as crianças possam avançar em suas produções) e porque o folder precisará estar com a escrita convencional uma vez que será distribuído ao público.
7ª etapa
Grave ou filme as declamações em sala e promova tematizações.
8ª etapa
Apresente a gravação. As crianças devem fazem uma autoavaliação quanto à entonação e expressão de voz, à fluência, ao ritmo e à dicção, além de buscar estratégias para aperfeiçoar a apresentação.
Flexibilização para deficiência física (cadeirante com pouca mobilidade de membros superiores):Quando o aluno tiver alteração na motricidade oral e sua expressão não atender a esses quesitos, incentive a participação dele com expressões corporais ou então reduza o tamanho do texto, propondo um verso em coro ou algumas palavras de uma estrofe em evidência,numa parceria com colegas ou com você.
Produto final: Sarau de poesias com a participação dos alunos, professores, pais e familiares (que façam a inscrição com antecedência) e folder que contenha as poesias escritas.
Avaliação:Ao final do projeto espera-se que as crianças sejam capazes de reconhecer características do texto poético (divisão em versos e estrofes e rimas, por exemplo), se expressarem e se apresentarem em público, de maneira eficaz e adequada, transmitindo sentimento da poesia apresentada.
Plano de aula disponível no site da revista Nova Escola
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/poesia-426202.shtml
Minha biblioteca - dicas de livros
Ao longo de vinte anos, Verissimo guardou algumas preciosidades - poemas, tiras e desenhos publicados em jornais e revistas com o título de "Poesia numa hora dessas?!". Foram reunidos os melhores momentos da série, nos quais o autor, com seu olhar sarcástico, traduz o cotidiano em lirismo. Com palavras ou imagens, nada passa em branco: reencarnação, o vagabundo , a morte... O livro foi impresso em papel couché e capa dura.
Editora: Objetiva
Autor: LUIS FERNANDO VERISSIMO
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Minha biblioteca - dicas de livros
O projeto Lembranças do Sertão apresenta a publicação “Nordeste contado e cantado”, com poesias de Jeremias Lima Guimarães e Luiz Carlos Junior. Um trabalho que é resultado dos dois anos de atuação da banda Vila do Sossego, de forró pé de serra nos saraus musicais, realizados na periferia de São Paulo.
Além de Jeremias Lima Guimarães temos também Luiz Carlos Maria Junior, que com sua poesia mostra sua sensibilidade para com a cultura nordestina, enriquecendo ainda mais a obra.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Conhecer é Poder - Todos contra o Bullying
Depoimento de uma colega do grupo Professores Solidários.
Parabéns para ela.
Passei exatamente por isso na primeira série por ser deficiente física e cair muito. As cças (meninos) riam da forma como eu andava e riam muito quando eu caia. Então, para me defender falava para a professora. Como essa nunca resolveu, nem falava ao menos com eles, comecei a me tornar agressiva. Riam e eu batia. Resultado, fiquei de castigo até na lata de lixo, minha mãe vivia tendo que me buscar na sala da direção porque eu bati em alguém. Não demorou muito resolvi que não queria mais estudar. Foi difícil para minha mãe. Então fiz tratamento psicológico por alguns anos onde aprendi lidar comigo mesmo e com os outros. Passei a ser super resolvida e tudo ficou no passado. O interessante é que depois disso nunca mais sofri nenhuma espécie de bullyng ou preconceito.
Á partir do momento que me aceitei como sou, todos me aceitaram também. Sei que não é tão fácil assim, não me lembro muito do que sofri, acho que acabei apagando da memória.
Todo professor deve ter cuidado e acabar com o bullyng antes que ele acabe com a cça
bjs
Sonia R Ubeda
moderadora
Parabéns para ela.
Passei exatamente por isso na primeira série por ser deficiente física e cair muito. As cças (meninos) riam da forma como eu andava e riam muito quando eu caia. Então, para me defender falava para a professora. Como essa nunca resolveu, nem falava ao menos com eles, comecei a me tornar agressiva. Riam e eu batia. Resultado, fiquei de castigo até na lata de lixo, minha mãe vivia tendo que me buscar na sala da direção porque eu bati em alguém. Não demorou muito resolvi que não queria mais estudar. Foi difícil para minha mãe. Então fiz tratamento psicológico por alguns anos onde aprendi lidar comigo mesmo e com os outros. Passei a ser super resolvida e tudo ficou no passado. O interessante é que depois disso nunca mais sofri nenhuma espécie de bullyng ou preconceito.
Á partir do momento que me aceitei como sou, todos me aceitaram também. Sei que não é tão fácil assim, não me lembro muito do que sofri, acho que acabei apagando da memória.
Todo professor deve ter cuidado e acabar com o bullyng antes que ele acabe com a cça
bjs
Sonia R Ubeda
moderadora
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