quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tome nota - Curso Bullying X Cyberbullying

Conhecer é poder. Este curso visa oportunizar uma reflexão acerca do tema, proporcionando aos participantes conhecimento geral sobre as peculiaridades deste fenômeno de violência; é de interesse de todos os envolvidos na ação educativa evitar este mal.

https://www.buzzero.com/cinthia-souza/curso-online-Bullying-x-Cyberbullying.html

Conhecer é Poder - Falta preparo das escolas para lidar com o Bullying, dizem especialistas

Um mês após massacre em Realengo tema volta a ser discutido.
Veja exemplos de colégios que investem na cultura de paz.


O atirador da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio, declarou em vídeo gravado antes da tragédia que sofreu de bullying durante a vida escolar e, também por isso, iria se vingar. Um mês após o massacre que resultou na morte de 12 estudantes e o suicídio do assassino Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, as ações para evitar o bullying e a violência escolar seguem muito incipientes, na avaliação de especialistas ouvidos pelo G1.

Eles afirmam que as escolas brasileiras não estão preparadas para desenvolver o assunto, a não ser de forma pontual e de maneira superficial. Sem preparo, a tendência é que as instituições 'lavem as mãos', perante um caso, segundo a psicanalista Sônia Makaron. “É um processo lento, temos de trabalhar a cabeça do professor. É um trabalho de formiguinha, não é tão simples”, afirma Sônia.

A psicanalista diz que não se deve vincular o crime em Realengo a um caso de bullying. “A mente doentia de Wellington associou duas ideias: eu sofri bullying e vou matar crianças inocentes. Não devemos comprar ou cultuar esta ideia, pois ela foi estabelecida por uma mente extremamente doente e que renegou os códigos que norteiam as relações sociais”, afirma Sônia. “Quem sofre bullying pode se proteger buscando na própria sociedade o que lhe é de direito, como, por exemplo, conversar com a direção da escola, procurar a Vara da Infância e da Adolescência ou uma Delegacia de Polícia.”


Wellington Menezes gravou vídeo para falar sobre
razões para atacar estudantes (Foto: Reprodução/
TV Globo)Educadores participaram na última terça-feira (3), em São Paulo, do “I Simpósio Brasileiro sobre Bullying”, promovido pelo Sindicato de Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp). A educadora Cleo Fante, autora do livro “Fenômeno Bullying – Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz”, destacou a importância das escolas estabelecerem práticas pedagógicas sobre o tema.

“Os professores têm de ter conhecimento e cultura de paz não só no discurso. É preciso desenvolver programas de enfrentamento e prevenção", diz Cléo Fante.

"No Brasil o tema ainda é novo e as escolas acham que trata-se de uma brincadeira. Falta vontade e informação na maior parte dos casos. Bullying virou caso de saúde pública", afirma a gestora de recursos Cristiane Ferreira da Silva Almeida. Ela fundou a ONG Educar Contra o Bullying, em São Paulo, há dois anos depois que seu filho foi vítima de bullying por cinco anos em uma escola da rede municipal de São Paulo. O garoto, na época com 8 anos, chegou a apanhar.

O objetivo da ONG é conscientizar professores, pais e instituições sobre os perigos do bullying, além de lembrar que nem só as vítimas e também os agressores precisam de tratamento. Por meio da ONG, Cristiane dá palestras e organiza campanhas.

Cultura de paz
A prevenção do bullying cabe às escolas, de acordo com os especialistas. Além de fazer campanhas de conscientização sobre o problema, é importante que as instituições reforcem temas como respeito, solidariedade, tolerância e outros valores humanos.

O Colégio São Luis, em São Paulo, desenvolve permanentemente um trabalho de educação humana e para a paz. Entre as atividades estão discussão com psicólogos, visitas à asilos, abrigos e creches, e atividades que reforçam princípios como a tolerância e o respeito.

Uma delas, chamada de 'Recreio da Paz' consiste em juntar alunos de 7 a 11 anos com diferentes estaturas, etnias, sexo ou peso por meio de fitas coloridas. São criados vários grupos identificados por cores diferentes que têm de passar o recreio juntos.

"É uma forma de valorizar a amizade e o respeito, e uma maneira mais ampla de combater o que poderia se tornar bullying no futuro. Se o bullying é comportamento, só o ensino de uma nova atitude, de uma nova ética pode ajudar a acabar com ele", diz Laez Barbosa Fonseca, assessor de direção do colégio.


No Maranhão, projeto promove a cultura de paz nas
escolas (Foto: Divulgação)No Maranhão, a ONG Plan desenvolve um projeto chamado "Educar para a paz, aprender sem medo" em oito escolas da rede municipal nas cidades de São Luís, São José de Ribamar, Timbiras e Codó. No total, cerca de 5 mil crianças do ensino fundamental são atendidas.

O trabalho inclui formação de professores, pais e alunos. Há grupos capacitados para multiplicar as informações sobre bullying por meio de palestras, fanzines, poesias, músicas e apresentações teatrais. Nas escolas também há caixinhas onde as crianças podem fazer denúncias sobre bullying. Quando eles são identificados, vítima e agressor são chamados para conversar.

"Um consultor que vivencia rotina da escola monta os grupos que chamamos 'de paz'. Acredito que, de modo geral, a temática ainda é nova e os professores precisam se preparar melhor, ler mais", diz Creuziane Corrêa Barros, assistente técnica de programa da Plan.

Artigo do site globo.com
http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/05/falta-preparo-das-escolas-para-lidar-com-o-bullying-dizem-especialistas.html

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tome nota - 18º Simpósio Interdisciplinar de Estudos Greco-Romanos: inscrições

Estão abertas as inscrições para o 18º Simpósio Interdisciplinar de Estudos Greco-Romanos, que o Pós e o Departamento de Filosofia promovem, entre os dias 23 e 26/5, no campus Perdizes. O tema deste ano é Platão: Cosmos, homem, cidade: veja abaixo a programação. Informações: (11) 3670-8417.

Programação
– Dia 23/5, Tucarena
16h: Abertura dos trabalhos vespertinos
Dos concepciones de justicia política: Platon y Rawls – Prof. Henrique Muñoz Mickle (Pontifícia Universidad Católica de Vaparaíso y Univ.de Playa Ancha, Chile)

Mesa de comunicações: Nilo César B.da Silva (Un.do Porto, Portugal); Giovanni Vella (FFde São Bento, SP)

19h30: Abertura dos trabalhos noturnos
La mimesis della città ideale nel Timeo e nel Crizia di Platone – Prof. Mauro Tulli (Università di Pisa, Italia)
Del modelo del cosmos al modelo de la ciudad en el Timeo de Platón – Prof. Francisco Bravo (Universidad Central de Venezuela)

– Dia 24/5, Tucarena
10h: Abertura do curso de curta duração Os cursos de Nietzsche sobre Platão e a questão das “doutrinas não escritas” – Prof. Ernani Chaves (Universidade Federal do Pará, IFCH/UFPA)

16h: Lógos e palillogía na República de Platão – Prof. Jacyntho Lins Brandão (Universidade Federal de Minas Gerais)

17h: Mesa de comunicações: Nelson M. Brechó da Silva (Un. SC-Bauru,SP); André Braga (PUC-SP)

19h30: Del modelo del cosmos al modelo de la ciudad en el Timeo de Platón La sophrosyne como virtud cósmica en el Fedro – Luis Alberto Fallas (Univ. Costa Rica, C.Rica)
A formação ética na constituição da polis em Platão – Prof. Jaime Paviani (Univ.Estadual de Caxias do Sul, RS)

– Dia 25/5, Tucarena
10h: Continuação do curso de curta duração Os cursos de Nietzsche sobre Platão e a questão das “doutrinas não escritas” – Prof. Ernani Chaves (Universidade Federal do Pará, IFCH/UFPA)

16h: En torno al establecimiento de la polis: de la justicia a la amistad – Prof. Mauricio Schiavetti Rosas (Pontifícia Universidad Católica de Valparaíso, Chile)

Mesa de Comunicações: Luisa Severo (UFRJ); Bruno Conte (PUC-SP)

19h30: Nietzsche, intérprete de Platón – Prof. Ricardo Espinoza Lolas (Pontifícia Universidad Católica de Vaparaíso, Chile)
Gramática de la imagen: reconstrucción metaforológica de la alegoría em Platón – Hardy Neumann Soto (Pontifícia Universidad Católica de Valparaíso, Chile)

– Dia 26/5, auditório “Dom Paulo Evaristo Arns” (sala 117A, 1º andar, prédio novo)
10h: Finalização do curso de curta duração Os cursos de Nietzsche sobre Platão e a questão das “doutrinas não escritas” – Prof. Ernani Chaves (Universidade Federal do Pará, IFCH/UFPA)

16h: Platão e a música – Profa. Lia Tomas (Unesp)
Mesa de Comunicações: Claudiano Avelino(PUC-SP); Victor Naves (PUC-SP)

19h30: Finalização dos trabalhos
La lectura del Timeo hecha por Schelling – Prof. Hugo Renato Ochoa (Pontifícia Universidad Católica de Valparaíso, Chile)
Da adivinhação: Platão, Hipócrates e Aristóteles – Profa. Rachel Gazolla (PUC-SP)

Site da PUC

terça-feira, 10 de maio de 2011

Momento pensar - Letra do Cordel que deixou Bial injuriado

A INTELIGENCIA E CRIATIVIDADE DO SERTANEJO É ADMIRAVEL!!!
BIG BROTHER BRASIL

Autor: Antonio Barreto,
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.
Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

Conhecer é Poder - Trabalhos escolares: Professores usam técnicas para evitar plágios

Mesmo quando não existia a internet, os alunos já tinham o costume de copiar trechos inteiros de enciclopédias nos trabalhos escolares. Porém, a facilidade de colocar palavras-chave em sites de busca e ali surgir toda o conteúdo exigido em uma tarefa tem resultado em preocupação para os professores, que encontram mecanismos para evitar a ação dos alunos plagiadores.

Adriana Iassuda, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental do Colégio Itatiaia, em São Paulo, afirma que os professores estão precavidos. “Os alunos acham que não usamos a internet, que não fazemos parte desse mundo”, comenta. “A verdade é que, assim como eles procuram no Google por um trabalho pronto, os educadores já têm o costume de colocar trechos desse trabalho também nos sites de busca para descobrir se é original”.

Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental a prática de copiar não é tão comum, avalia Priscila Rocha, coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental Um do Educandário Monteiro Lobato, no Rio de Janeiro. Isso porque os professores costumam indicar o laboratório de informática para a realização de pesquisas, e lá os monitores podem dar suporte. Já a partir do 6º ano, o adolescente é mais independente e quer testar limites, aí a tentação de copiar é grande, diz a professora.

A solução é propor atividades a partir do conteúdo e não simplesmente pedir que tragam informações. Priscila sugere a criação de seminários, em que o tema estudado é debatido pela turma. Outra possibilidade é que os estudantes apresentem na frente dos colegas o que pesquisaram ou que escrevam. Dessa maneira, o aluno é obrigado a refletir e a comprender o que pesquisou.

No Colégio Itatiaia, a estratégia é parecida. “Não aceitamos que ele simplesmente imprima algo da internet. A criança tem de elaborar um texto a partir da pesquisa”, afirma Adriana. Para saber se ela leu e compreendeu, o aluno é obrigado a escrever uma síntese ou apresentar o seu trabalho para o professor.

Caso se comprove que o aluno realmente cometeu plágio, ele é obrigado a refazer o trabalho. “Normalmente isso acontece com quem deixou para a última hora”, diz Adriana. Se não for uma prática recorrente, a coordenadora conta que os pais não são chamados na escola. Já no Itatiaia, a família deve ir ao colégio na primeira vez em que o problema acontece. “Chamamos o responsável e a orientadora educacional pontua essa questão para pais e filho”, afirma Priscila.

Monografias
O ato de plagiar os trabalhos não é comum apenas no colégio, ele também acontece com projetos finais de graduação e de pós-graduação. “De uns tempos para cá, notamos que muitos alunos começaram a querer bancar os ‘espertos’”, afirma André Valle, coordenador de MBA em Gerenciamento de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV-IBS).

Com tantos serviços disponíveis para a compra de monografias e outras tantas simplesmente prontas na web, a solução foi profissionalizar a verificação desse material. Se antes os professores apenas lançavam em sites de busca alguns trechos da pesquisa, agora a Fundação utiliza um software específico para farejar plágios, o Éphoros.

Como o programa roda no servidor, mantém o computador ágil, e os professores podem salvar o trabalho no Éphoros em um dia e buscá-lo no outro. “Ele te dá toda a prova do crime, fornecendo um relatório completo com as referências de todos os trechos do texto”, diz Valle. A eficiência do programa já mostrou resultado e diminuiu as cópias de 20% dos trabalhos para menos de 1% em um ano. Valle ressalta que citações de outros autores são bem-vindas, só não dá para copiar uma parte e chamar de seu.


Artigo disponível no site Rota 83

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Conhecer é Poder - Cursos técnicos: Novo projeto de lei deverá beneficiar 8 milhões de estudantes

A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, lançaram na última quinta-feira, 28, no Palácio do Planalto, em Brasília, o projeto de lei que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O texto segue para o Congresso Nacional, onde tramitará em regime de urgência. Pelo projeto, R$ 1 bilhão serão investidos, ainda este ano, para concessão de bolsas e para o financiamento de cursos de educação profissional. A previsão é de que 8 milhões de pessoas sejam beneficiadas pelo programa no prazo de 4 anos.

“Temos pela frente a perspectiva de um rigoroso processo de desenvolvimento econômico e precisamos de mão de obra qualificada para manter esse crescimento sustentável”, destacou a presidenta Dilma Rousseff, na cerimônia de lançamento do projeto. O Pronatec funcionará como uma espécie de “guarda-chuva”, unindo e financiando programas vinculados à educação profissional. O programa traz novo fôlego à expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, com a entrega de 81 novas escolas ainda este ano, com previsão de funcionamento já no primeiro semestre de 2012. Outras 120 novas escolas técnicas federais serão entregues nos próximos quatro anos.

Pelo projeto, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) passará a atender também a estudantes de nível médio que estejam cursando cursos técnicos.

O projeto prevê ainda a concessão de 3,5 milhões de bolsas de estudos até o final de 2014, que poderão beneficiar tanto estudantes de nível médio quanto trabalhadores. Os recursos para as bolsas são de R$ 700 milhões e vão diretamente para as instituições de ensino. Outros R$ 300 milhões serão destinados à concessão de financiamento estudantil, por meio do Fies, com os mesmos juros praticados para os cursos superiores – de 3,4% ao ano.

“Temos 7 milhões de estudantes cursando nível médio hoje no país. A concessão de 3,5 milhões de bolsas para cursos técnicos dá a idéia do impacto desse programa”, afirmou Haddad.

Novidades – O Pronatec modifica ações que já estão em curso e agrupa novas iniciativas ao fomento da educação profissional. O Fies, por exemplo, além de ser estendido a alunos de cursos técnicos, também poderá ser utilizado por empresas que desejem qualificar seus trabalhadores. Os empresários que desejem oferecer capacitação aos seus empregados terão, portanto, acesso às linhas de financiamento do Fies com os baixos juros praticados pelo fundo.

Outra novidade é a conexão entre a concessão de bolsas do Pronatec e o seguro desemprego. Pelo projeto encaminhado nesta quinta-feira ao Congresso, os trabalhadores reincidentes no pedido de auxílio desemprego serão prioritários para a concessão de bolsas do Pronatec. Em contrapartida, eles só poderão receber o benefício se comprovarem estar matriculados nos cursos de educação profissional.

Uma das novas iniciativas trazidas pelo Pronatec, a concessão de bolsas de estudos para cursos técnicos, funcionará em duas modalidades: bolsa formação estudante e bolsa formação trabalhador, sendo que esta última também poderá ser concedida para beneficiários do Programa Bolsa Família.

O Pronatec pretende ainda aumentar a rede de escolas estaduais, por meio do programa Brasil Profissionalizado, e de instituições ligadas ao Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e Senac).Tanto para o Brasil Profissionalizado quanto para as entidades do Sistema S haverá maior aporte de recursos, sendo que há a possibilidade de empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) para a construção de novas escolas do Sistema S. “O Plano Plurianual de 2012 em diante já contemplará todas as ações do Pronatec”, esclareceu o ministro.

Pesquisas – Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008 demonstram que apenas 25,5% da população de jovens de 18 a 24 anos alcançam o ensino superior. Os cursos técnicos de nível médio despontam, portanto, como alternativa de qualificação e inserção no mercado de trabalho para mais 74% desse contingente

Pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) demonstrou que ter formação profissional aumenta em 48% as chances de um indivíduo em idade ativa ingressar no mercado de trabalho. O estudo A educação profissional e você no mercado de trabalho também constatou que os salários daqueles que têm um curso profissionalizante são até 12,94% mais altos e é de 38% a probabilidade de se conseguir um trabalho com carteira assinada, em confronto com candidatos com escolaridade inferior.

A pesquisa da FGV reforça um estudo anterior, feito pelo MEC, com estudantes egressos da rede federal de educação profissional. O levantamento, divulgado em 2008, demonstrou a empregabilidade de 72% dos técnicos de nível médio formados de 2003 a 2007 pelos institutos federais.

Por Ana Guimarães – MEC

Artigo disponível no site Rota 83