Inicialmente, cabe reforçar que nenhuma família está satisfeita diante de um filho "difícil", mesmo que aparentemente pareça estar. Em geral, os pais já fizeram tudo que sabiam para modificar as coisas e se sentem frustrados. O melhor a fazer é ouvi-los e ampará-los.
De nada adianta chamar os pais para reclamar que a criança é "terrível" ou tentar ensiná-los a educá-la. Esse tipo de conduta não resolverá, pois isso possivelmente já ocorreu e não trouxe resultados efetivos. Portanto, é preciso procurar outros caminhos. Os pais devem, antes de mais nada, saber que existe alguém que compreende o que eles estão passando.
É preciso ainda ter paciência com os que se mostrarem agressivos, pois, com certeza, eles se sentem angustiados em relação a si mesmos, a seus filhos e aos profissionais e estão, portanto, numa posição defensiva.
Quando os pais quiserem conselhos, eles mesmos solicitarão e, quando o professor os der, é importante reconhecer que ninguém realmente tem todas as respostas. O que se pode fazer é apenas concordar em experimentar diferentes estratégias mais coerentes com o desenvolvimento socioafetivo da criança e que atendam às necessidades dela.
Artigo disponivel no site da revista Nova escola