quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mente sã, corpo são

Especialista explica a influência das emoções no corpo e como manter o equilíbrio. Sabe aquela dor de cabeça que sempre está ali quando você vai dormir? E as viroses misteriosas que muitas vezes nem os médicos conseguem explicar? Pois saiba que as doenças são sempre psicossomáticas. Ou seja, a saúde da nossa mente afeta diretamente a saúde do nosso corpo e, quando uma não vai bem, a outra pode sofrer igualmente. Aprender a manter o equilíbrio entre mente, corpo e vida social garante uma vida muito melhor, palavra de quem entende do assunto. Nós, seres humanos, sofremos influência de três fatores: biológico, psicológico e social. Segundo a presidente da regional de São Paulo da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática (ABMP), Solange Lopes de Souza, "todas as doenças são psicossomáticas, sem exceção. Enquanto seres biopsicossociais temos polaridade somática, polaridade psíquica e polaridade social. Por isso, temos que tomar cuidado muito grande quando segregamos doenças. Nós somos seres integrados. O que acontece na minha mente repercute na minha esfera somática e social". Manter as partes que compõem nosso ser em equilíbrio é fundamental. "O equilíbrio desse tripé é mutável. Se uma coisa não me afeta hoje, pode passar a afetar amanhã. Depende da minha qualidade de vida, de como eu estou comigo e de como eu estou com o todo. Questões genéticas e familiares também fazem parte desse equilíbrio, tudo influencia. O equilíbrio do binômio saúde-doença é variável. Em alguns momentos estamos mais fragilizados e, em outros, mais resistentes", diz Solange. Dinamismo, harmonia, equilíbrio. Essas são palavras consideradas chave na compreensão das doenças psicossomáticas e de como evitá-las. "Nós funcionamos dentro de um equilíbrio biopsicossocial. Se algo for muito intenso, pode nos desarmonizar. O dinamismo do equilíbrio deve, ainda assim, ser harmônico. Esse ponto de equilíbrio varia de pessoa para pessoa e de momento para momento, não é estático. É nesse momento que se mostra importante o conhecimento e o respeito dos nossos limites, que garantem a manutenção do equilíbrio", ensina a especialista. Nem tanto pela idade cronológica, mas por como se a tenha vivido, pessoas mais velhas podem estar mais sujeitas ao desequilíbrio biopsicossocial. Solange explica que "elas, em geral, estão mais sujeitas a todas as doenças. As doenças têm a ver com vários elementos: o estilo de vida dessa pessoa, o quanto ela se cuida, o quanto respeita os seus limites, com quem convive, o que comeu, o quanto dormiu, o quanto fez extravagâncias. São marcas que ela vai imprimindo em si mesma ao longo da vida e que repercutem lá na frente. Além disso, muitas mudanças físicas ocorrem com a idade, por questões hormonais, sociais etc. Cabe a ela sempre buscar seu ponto de equilíbrio para aquele determinado momento da vida". Manter uma boa saúde, já vimos, não é fácil. No entanto, Solange utiliza apenas uma palavra para resumir tudo que precisamos fazer para se encontrar o equilíbrio: prevenção. "A melhor forma de se manter o equilíbrio, estar em harmonia, ter qualidade de vida e boa saúde é trabalhar preventivamente. O melhor tratamento é a prevenção, em todos os aspectos. Ter uma boa alimentação, fazer atividades físicas regularmente, fazer exames preventivos, estar em um ambiente agradável e, especialmente, identificar seus limites. Os limites são pessoais e deve-se identificá-los para respeitá-los e só quem vai saber disso, é você mesmo", conclui. http://www.maisde50.com.br/editoria_conteudo2.asp?conteudo_id=8513