terça-feira, 4 de outubro de 2011

Programa para melhorar saúde de professores de São Paulo "não age sobre origem do problema", diz sindicato

São Paulo – A presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, considera insuficientes as medidas previstas no programa "SP Educação com Saúde", lançado na terça-feira (15). O programa, anunciado pelo governador Geraldo Alckmin, promete melhorar a saúde de professores da rede pública estadual e reduzir as ausências em sala de aula por licenças médicas.

"As medidas anunciadas pelo governo não bastam, porque não agem sobre a origem do problema", esclareceu a dirigente sindical. Inicialmente, a proposta é oferecer assistência médica preventiva a 65 mil dos 420 mil servidores da rede estadual de ensino. O interior ainda não será atendido. Alckmin anunciou que vai investir R$ 27 milhões na criação de equipes de saúde para atender os servidores nas escolas e diretorias de ensino.

Segundo nota divulgada nesta quarta-feira (16), a Apeoesp afirma que é a favor de medidas preventivas para minimizar problemas de saúde que acometem os profissionais da educação. Mas alerta que uma equipe de profissionais – um médico, dois enfermeiros, um nutricionista, um psicólogo, um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo e um assistente social – em cada diretoria de ensino é uma ação apenas "paliativa" diante do que a entidade considera ser os reais motivos de adoecimento dos professores.
Para Bebel, o governador "precisa perceber" que a saúde dos professores sofre o impacto da extensa jornada de trabalho. "Pesquisa que realizamos em 2010 mostra que 63,6% da categoria trabalham mais que 36 horas semanais e 10,5% têm jornada superior a 40 horas semanais", descreve a sindicalista.
Outro problema é a superlotação de salas na rede estadual de ensino paulista. Os docentes enfrentam no dia a dia salas com até 50 alunos, segundo a entidade. Lousas mal posicionadas na sala de aula, pó de giz e indiscipina dos alunos também estão entre as causas do adoecimento, diz Bebel.
A dirigente sindical também questiona a qualidade da alimentação dos docentes com um auxílio-alimentação no valor de R$ 4. "Muitas vezes o professor mal se alimenta, tendo em vista os baixos salários e a flagrante insuficiência deste 'benefício' do Governo Estadual", critica.
Propostas
A Apeoesp defende ajustes e investimentos na estrutura de saúde já existente voltada para os servidores públicos como a ampliação do atendimento médico prestado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).
O sindicato também chama atenção para o que considera ser uma incoerência da Lei 1.041/2008, que limita em seis as faltas anuais para consultas e tratamentos dos professores. "Se o atual governo pretende de fato prevenir o adoecimento dos profissionais da Educação e lhes propiciar condições melhores de saúde, deve revogar esta lei imediatamente", aponta.
Para atacar os problemas de saúde na educação na origem, Bebel propõe que Alckmin reveja suas políticas, "em diálogo franco e aberto" com os trabalhadores.

http://www.redebrasilatual.com.br/temas/trabalho/2011/02/para-apeoesp-programa-de-alckmin-para-reduzir-faltas-de-professores-nao-vai-resolver-problemas-de-saude

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Cinthia Souza
Terapeuta e Pedagoga