quarta-feira, 4 de julho de 2012
Acupuntura protege profissionais do estresse e da Síndrome de Burnout
SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela ISMA (International Stress Management Association) revela que 70% dos brasileiros sofrem de estresse. Dentre essas pessoas, 30% são vítimas da Síndrome do Burnout, que pode acarretar problemas como depressão e cansaço físico e mental.
A boa notícia é que existe um meio de tratar essa síndrome sem remédios fortes e caros: a acupuntura, que vem se mostrando altamente eficaz para combater a doença. O estímulo pelas agulhas promove, por exemplo, a liberação de substâncias como a endorfina, a serotonina, a dopamina e a encefalina, que causam a sensação de bem-estar, segundo informações da Associação Brasileira de Acupuntura do Rio de Janeiro.
Já a prevenção pode ser feita por meio da identificação dos grupos de risco e do trabalho em equipe multiprofissional, modificando a forma como as pessoas encaram o trabalho e fazendo com que elas lidem de outra forma com a impotência frente à ansiedade e a impossibilidade de mudança de emprego ou carreira, de status funcional ou de departamento, por exemplo.
Síndrome do Burnout
A Síndrome de Burnout é muito mais do que um simples estresse. O termo, em inglês, significa “acabar-se em chamas”, explica a médica psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, Alexandrina Meleiro. “É um desgaste causado pelo trabalho. Causa profundo sentimento de exaustão, frustração e raiva”.
E essa sensação pessimista, que acarreta a perda de interesse pelas atividades profissionais, acaba dominando todas as áreas da vida da pessoa, gradativamente. “Normalmente, acomete pessoas que, no início do trabalho, se entusiasmam bastante, dão o seu melhor, mas, com o tempo, percebem que seu esforço não é recompensado. Para as empresas, o Burnout é ótimo, pois significa que o funcionário se dedicou ao limite”, analisa.
“Algumas profissões registram muitos casos do Burnout, como operador de telemarketing, médico, professor, policial, jornalista e bancário. A saúde dos funcionários está atrelada ao trabalho conduzido pelos líderes, principalmente na hora de cobrar resultados”.
Os sintomas principais são gastrite, dor de cabeça, falta de ar, dores nas costas e/ou nas articulações, hipertensão, taquicardia, alergias, cansaço anormal, sonolência diurna, insônia e falta de concentração no trabalho.
Etapas
De acordo com a psiquiatra, quem desenvolve a síndrome pode passar por cinco fases. A primeira é marcada por muito entusiasmo, parece que o trabalho preenche todas as necessidades e desejos da pessoa. A segunda, ao contrário, é de boa dose de realismo. A essa altura, o profissional já sente o reconhecimento escasso por parte dos gestores e passa a questionar a própria competência.
A terceira é de estagnação, na qual a pessoa trabalha de forma mecânica. “Ela pode até continuar eficiente, mas realiza as tarefas sem vontade alguma e, às vezes, chega muito atrasada, porque não tem vontade de ir ao trabalho”. Já a quarta é de apatia. Trata-se do Burnout propriamente dito. “É um período de depressão, em que se pensa muito em pedir demissão”.
Segundo Alexandrina, apenas 30% das pessoas chegam à quinta fase da síndrome. Sem mudar de emprego, elas protagonizam um ‘ressurgimento’, é o fenômeno Fênix. “O profissional renasce das cinzas, passa a encontrar felicidade em outras facetas da vida, que não o trabalho, encontra uma forma de se motivar, diminui a expectativa quanto à profissão e, consequentemente, reduz a frustração”.
(extraído de http://dinheiro.br.msn.com/financaspessoais/noticia.aspx?cp-documentid=6941552