sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Fique por dentro da Bienal 2010
Livro digital e o futuro do livro impresso estão na pauta de discussões do evento. Para um evento que abre as portas ao público numa sexta-feira 13, nada mais adequado que atrações ligadas ao sobrenatural. A 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo inaugurou sua programação, às 13h de hoje, com uma palestra de José Mojica Marins sobre seu personagem mais famoso, o Zé do Caixão. Às 15h, o mito do vampiro será discutido pelos escritores André Vianco, Martha Argel e Giulia Moon. E por fim, às 19h, Dacre Stoker falará sobre a obra de seu tio-bisavô, Bram Stoker, autor do clássico Drácula.
O livro digital também foi tema de debates na Festa Literária de Paraty, que terminou no último domingo. “Não acredito na morte do livro impresso nas próximas décadas. Haverá apenas uma diminuição na importância dos livros em relação a outras maneiras de comunicar”, afirmou o historiador Peter Burke. O também historiador Robert Darnton acredita em usos específicos para os livros eletrônicos: “todos usarão leitores digitais para alguns propósitos”. Para ele, “o livro digital e o impresso fortalecem um ao outro”.
A presença de temas polêmicos mostra que o objetivo da Bienal é deixar de ser apenas um acontecimento importante para o mercado editorial e tornar-se referência na discussão de assuntos importantes da cultura e da educação no Brasil. "Na comparação com edições anteriores, a programação tem um filtro muito maior", admite Augusto Massi, um dos curadores do evento.
Entre os destaques da feira estão a iraniana Azar Nafisi, autora de Lendo Lolita em Teerã, e o norueguês Jostein Gaarder, do best seller O Mundo de Sofia. Também participam personalidades de língua portuguesa como o angolano José Eduardo Agualusa, o moçambicano Mia Couto e o cineasta português Miguel Gonçalves Mendes, diretor do documentário José & Pilar, sobre a relação de José Saramago e sua esposa Pilar del Río.
Informações obtidas na página do Ibest