sábado, 6 de novembro de 2010

Cantinho da aula - Comunicação online

Tempo estimado: Uma aula
A entrevista de VEJA com o criador do Twitter especula sobre o impacto da nova ferramenta de comunicação online. Provavelmente, vários alunos ainda não conhecem bem as possibilidades da invenção de Biz Stone. Faça uma leitura coletiva da revista e instigue a turma a avaliar suas vantagens e desvantagens.
Atividades
Comece instigando a curiosidade da moçada com uma pergunta: desde quando existe o email? Atice a polêmica: ele tem mais ou menos de 30 anos? Provavelmente vai haver um consenso de que o sistema de trocas de mensagens eletrônicas surgiu com a internet, na última década do século passado. Um engano. O correio eletrônico é anterior ao surgimento da rede mundial de computadores. Os sistemas de email foram uma ferramenta crucial para a criação da web – e não o contrário.
Conte que o primeiro sistema de troca de mensagens entre computadores de que se tem notícia foi criado em 1965 e possibilitava a comunicação entre os múltiplos usuários de um computador do tipo mainframe. Foram surgindo pequenas redes que só permitiam a troca de mensagens entre os membros. Em 1971, o americano Ray Tomlinson criou o sinal @ para separar os nomes do usuário e da máquina no endereço de correio eletrônico, o que permitiu a integração de todas as redes. Essa interação levou, vinte anos depois, à internet como nós a conhecemos hoje.
Agora pergunte: quem é usuário do Orkut, do Facebook, Myspace ou alguma outra rede social? Certamente não faltarão membros dessas comunidades virtuais. Peça que eles definam o que é uma rede social. Deve ficar claro que se trata de uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais de pessoas ou grupos que tenham interesses mútuos. Nas redes, ideias e valores são compartilhados. Elas se popularizaram na internet pela possibilidade de acelerar a troca de pensamentos e conectar mais e novas pessoas, ignorando a distância física entre elas. Toda rede social permite a troca de mensagens entre seus membros, independentemente do uso do email – em geral, ele é usado apenas como um sinalizador de que houve um contato na rede.
Quem está conectado também ganhou novas ferramentas de troca de mensagens depois do email. Vieram programas online como o ICQ e o Messenger e a troca de mensagens instantâneas virou massiva com o advento dos torpedos enviados por aparelhos celulares. Pois o Twitter também é uma ferramenta destinada ao envio de mensagens, assim como é uma rede social. Nele, as pessoas se cadastram e podem seguir os perfis dos membros que quiserem – ou seja, recebem todas as mensagens disparadas por aquela pessoa. A grande diferença em relação ao email é que no Twitter as mensagens podem ter, no máximo, 140 toques. Isso exige muita objetividade de quem escreve. Também a impessoalidade é maior: em vez de digitar o nome de usuários para receber o texto, e, portanto, saber exatamente quem vai recebê-lo, quem “tuita” – sim, já se criou um verbo nacionalizado para quem escreve no Twitter – joga sua mensagem para o espaço virtual e todos os cadastrados a recebem.
Conte à turma que uma recente pesquisa sobre o perfil do usuário brasileiro do Twitter mostrou que a maioria dos usuários, 61%, é composta por homens na faixa de 21 a 30 anos, solteiros, localizados nos estados São Paulo e Rio de Janeiro. Na maior parte, são pessoas com ensino superior completo e renda mensal entre 2 mil e 5 mil reais. É, portanto, um “Clube do Bolinha”, de classe social elevada. É difícil imaginar, entretanto, que os usuários do brasileiro campeão de seguidores no Twitter se enquadre nesse perfil: é Mano Menezes, técnico do Corinthians, um clube de massa.
Proponha uma reflexão sobre o comportamento em relação à comunicação eletrônica. É preciso estar sempre conectado, via computador ou celular? E participar de redes sociais, quais as vantagens e desvantagens – aqui vale lembrar o problema dos perfis falsos e da falta de privacidade? Encomende um texto dissertativo individual sobre o assunto.

Informações disponíveis no site da Revista Nova Escola