quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Brasil na Bienal de arte


Conheça um pouco sobre dois artistas brasileiros que farão parte da Bienal de arte:
Cildo Meireles em retrospectiva, entrevista dada para revista Isto é Gente online.
O artista que há 30 anos incendiou galinhas, escreveu “Yankees, go home” em garrafas de Coca-Cola, carimbou notas de um cruzeiro com a frase “Quem matou Herzog?” e depois se mandou para Nova York ganha uma exposição retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Trata-se de Cildo Meireles, carioca, 52 anos, o homem que com apenas um carimbo de borracha e uma nota de dinheiro cria uma obra.
Meireles sabia que em 1975 ninguém rasgaria dinheiro para extinguir a dúvida da real causa da morte do jornalista Wladimir Herzog. Oficialmente, ele teria se suicidado na cadeia. Mas é claro que o artista e boa parte dos brasileiros não acreditaram na história. Essa verdadeira ojeriza aos meios de circulação oficial, seja de informações ou de valores, sempre moveu a obra de Meireles. E a sua trajetória também. Quando foi incluído no Olimpo da arte brasileira, em 1969, recebendo o primeiro prêmio do Salão da Bússula, no MAM-Rio, mudou-se para Nova York com o pretexto de iniciar uma carreira internacional. Fez uma exposição, mas logo depois Meireles fez questão de sumir. “Não fiz nenhum contato de trabalho lá, estava numa fase ‘rimbaudiana’. Comecei a trabalhar com um jamaicano numa fábrica de objetos de decoração”, diz.

Alice Miceli é uma artista que tem tratado de temas diversos relacionados a fatos sociais, históricos, dialogando também com a ciência e a tecnologia, resultando num trabalho poético que lida principalmente com a nossa memória. Têm desenvolvido trabalhos em vários locais do mundo e participado de diversos eventos, em Camboja, Finlândia, Indonésia, Estados Unidos, Bélgica, Polônia e outros países, obtendo reconhecimento internacional. A criação de imagens específicas tem sido o elemento essencial em sua produção, utilizando-se principalmente da linguagem do vídeo.
Alice nasceu no Rio de Janeiro em 1980. Em 2001, gradua-se na Ecole Supérieure d’Etudes Cinématographiques em Paris, com bolsa do governo francês. Em 2004 termina a Especialização em História da Arte e Arquitetura do Brasil, na PUC-RJ. De 2003 a 2005 frequenta o grupo de discussão sobre Processo Criativo, dirigido por Charles Watson, no Rio de Janeiro.


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